Quem já presenciou um show de Uiara leigo sabe bem como é marcante – seja por sua voz forte e característica, por sua performance, ou, simplesmente, pela naturalidade como sua mensagem é passada à plateia de forma certeira. Sua música vai bem além das notas das canções – mesmo que por si só já poderia ser suficiente – ela canta pela diversidade, questiona, incita e abre espaço para quem pouco costuma ter espaço para se expressar.
 

Uiara Leigo (Foto: divulgação)

Esses traços podem ser vistos no clipe da música “Basta”. Nele, O gay, a cadeirante, o transgênero, o negro, o portador de Síndrome de Down, a umbandista estão presentes. As personagens da vida real protestam contra a gordofobia e a cultura que preza pelo corpo perfeito, contra a invisibilidade que existe sobre o deficiente físico, contra os esteriótipos femininos. São espostas as agressões verbais que os gays ouvem diariamente, a expressão do que é ser negro, os preconceitos que cercam os portadores da Síndrome de Down – sempre de uma forma simples mas que não deixa dúvidas do que têm a dizer, provocando os pensamentos e a consciência.
 

Imagem do clipe Basta (Foto: divulgação)

O clipe foi possibilitado por um financiamento coletivo. A produção foi dirigida por Cris Magalhães e inspirado no projeto Giz, do fotógrafo Rafael Aguiar. 

Assista o clipe de “Basta”:

�YZ� Mesmo sendo um olhar desigual, sempre vi que o tempo era o tal, me perdi dentro da sua lei, nem vivi o amor que sonhei (…) Apontar meu defeito não faz esse jeito tenaz me deixar, corromper meu instinto não traz a distância da paz que eu achei �YZ� (trecho da música)

Paralelo ao lançamento do segundo CD autoral, “Meu Canto é Segredo”, no final de 2015, Uiara tocou o projeto “Basta”, mesmo nome da faixa contra o preconceito e a intolerância. A proposta é a ocupáção de espaços públicos para apresentações de músicas e performances, sempre em prol da diversidade. Confira os detalhes:

Uiara Leigo irá fazer uma série de tributos à artista que marcou tanto gerações, quanto sua carreira, Cássia Eller. Segundo a cantora, Cássia é uma mestre, qua a ensinou atitude, liberdade e transformou a música em arrepio.

“Cada fôlego que perco cada vez que grito Eu sou poeta e não apredi a Amar, verso de Malandragem, música do Cazuza, que, por obra do destino, foi parar na garganta dela, é uma celebração da minha ínfima experiência musical visceral. Porque a essência do que ser cantora reconheci em Cassia Eller. Aprendi o que é ser continuidade de palco, da luz, da música! Com peito aberto, rasgando em amor e raiva, entregue ao momento inebriante da criação artística. 

A cassia do dia a dia não conheci, mas sempre admirei. Já a Cassia Eller artísta… Essa me tirou do normalidade, de um mundo sem graça, cheio de padrões, careta, sem metonímia. E me esbanjou um esfera inundada em poesia, paixão e liberdade! […] E por grande sorte minha, nessa celebração, ainda tenho tempo para cantar!” – Uiara Leigo

Agenda de Shows – Tributo a Cássia Eller

• 5 de maio: Arteria | 19h
• 20 de maio | Bar da Fábrica | 21h
• 4 de junho | Canto da Mata | 16h
   

“Meu Canto é Segredo”, álbum de 2015, propõe um universo de criação sem rótulos, além de explorar a musicalidade brasileira. Com 12 faixas – que valem e devem ser escutadas do início ao fim – o CD tem traços de comtemporaneidade alidos a influências da MPB tropicaista. Com participação do produtor musical Hérmanes Abreu, a dupla criou a sonoridade única do disco, o que permite à música expandir seu significado. �?oO Hérmanes tem a sensibilidade do instrumental e a classe do Jazz, que fez a diferença no som. E é um visionário!�?�, finaliza a cantora.

Mais sobre Uiara Leigo:

�Y’� Facebook: Uiara Leigo | Um basta à intolerância

 Instagram: @uiaraleigo

�YZ� Youtube: Uiara Leigo

Ouça no Spotify, Deezer, Soundcloud, iTunes, Google Play e Tratore.